Os resíduos de serviços de saúde (RSS) comumente associados à denominação lixo hospitalar, são resíduos oriundos de hospitais, ambulatórios, clínicas médicas e odontológicas, laboratórios de análises clínicas e outras instituições relacionadas tanto à saúde humana quanto à veterinária. Embora representem uma pequena porcentagem em relação à quantidade total de lixo gerado, os RSS apresentam grande ameaça à comunidade devido ao grande potencial de risco químico, biológico e radioativo.
No Brasil, há poucos anos atrás, os procedimentos de coleta, transporte, tratamento e local de despejo dos RSS eram dispensados de maneira semelhante aos resíduos domiciliares e públicos, mas no dia 7 de setembro de 2004 entrou em vigor a Resolução da Diretoria Colegiada, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária/ANVISA, n° 306, onde estão definidas as classificações dos RSS bem como o devido gerenciamento a ser dado para cada grupo.
Segundo o site oficial da Prefeitura de São Paulo, a coleta de Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde (RSS) - realizada por duas concessionárias, Loga e Ecourbis - é feita por veículos especialmente preparados e à prova de vazamentos. O Departamento de Limpeza Urbana (Limpurb) teria em cadastro todos os pequenos geradores (como clínicas, farmácias, consultórios, etc) como grandes geradores (hospitais, ambulatórios, etc), e disponibiliza um cadastro on line para a solicitação de coleta de RSS. Segundo o mesmo, os RSS "são levados para tratamento específico".
Porém em nosso país, na prática, ocorrem falhas gravíssimas neste processo, como podemos ver na reportagem a seguir. Os RSS dos mais variados tipos, como filtros de hemodiálise, lixo provenientes de cirurgias e até mesmo resíduos oriundos do Instituto Médico Legal, muitas vezes são descartados sem procedimento específico algum, em depósitos de lixo comum e as justificativas das autoridades responsáveis são as mais variadas possíveis. Porém a verdade é irrefutável: o que não pode acontecer, tem acontecido e nenhuma providência havia sido tomada até então. Os riscos são maiores do quê imaginamos. O risco epidemológico é enorme devido ao descarte de materiais infectados próximos a rios e córregos facilitando a proliferação dos males causados pelos RSS e poluindo o meio ambiente, presença de insetos e animais que facilmente podem transmitir doenças à comunidade devido ao contato com o lixo hospitalar, lixo residencial jogado por cima dos RSS para "disfarçar" facilitando o contágio dos catadores de lixo e materiais levados para a reciclagem sem esterilização.
A seguir, o vídeo da reportagem feita pelo programa Fantástico sobre RSS, que foi ao ar dia 17/07/11:
http://fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,MUL1667631-15605,00.html
http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/servicos/residuos_solidos/rss_saude/index.php?p=4637
http://www.infoescola.com/ecologia/residuos-de-servicos-de-saude/
Fonte - imagem:
http://www.jornalvisaopenha.com.br/
Nenhum comentário:
Postar um comentário